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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Familiares sofrem com falta de notícias e demora no resgate de vítimas do naufrágio no rio Xingu

A TV Tapajós ouviu relatos de pessoas que não perderam a esperança em encontrar seus parentes. Barco com 48 passageiros afundou na noite de terça-feira (22), no Pará.

s familiares de passageiros do naufrágio do barco Capitão Ribeiro, que moram em Santarém, oeste do Pará, estão angustiados com a falta de notícias e a demora no resgate das vítimas do acidente no rio Xingu, no Pará, ocorrido na terça-feira (22). Nesta quinta-feira (24), a TV Tapajós ouviu relatos de pessoas, que não perderam a esperança em encontrar seus parentes. O movimento na Capitania Fluvial de Santarém está sendo intenso.
A família do vendedor Wellington Mendonça Teixeira, de 50 anos, informou que ele seguia para Porto de Moz. Segundo a família, a bolsa foi encontrada, mas ele está desaparecido. “A gente fica assim impotente, sem poder fazer nada. É uma angustia muito grande. A única informação que sabemos é que na hora da agonia, um rapaz que trabalha com ele gritou, e ele só respondeu que não sabia nadar”, disse a cunhada, Deuzarina Almeida.
“A gente pede muito a Deus que ele esteja ilhado, essa é a nossa esperança”, disse Deuzarina.
Manoel Vitalino, de 32 anos, foi um dos sobreviventes da tragédia. Ele foi localizado 20h após o acidente ás margens do rio Xingu. Ainda assim, a família está angustiada porque não consegue contato com Manoel. As primeiras informações davam conta que ele estava no hospital bastante traumatizado. “O contato que a gente tem é com outras pessoas que estão lá, pelas redes sociais. O que a gente quer na verdade é falar com ele, mas até agora não conseguimos nada”, disse a tia Eliane Castro.
“As informações são desencontradas. Só sabemos que ele está vivo”, disse Eliane

O acidente

O barco Capitão Ribeiro saiu do município de Santarém, oeste do estado, às 18h de segunda-feira (21), segundo informação da Segup. As informações iniciais diziam que 70 pessoas estavam a bordo. A embarcação tinha escala nos municípios de Monte Alegre e Prainha. O destino final era Vitória do Xingu. 
 O barco afundou por volta de 22h de terça-feira, em uma área denominada Ponte Grande do Xingu, entre os municípios de Porto de Moz e Senador José Porfírio. Chovia quando o acidente aconteceu. Muitos sobreviventes disseram que a embarcação foi atingida por uma tromba d’água - fenômeno similar a um tornado.
Segundo o governo do Pará, o dono da embarcação disse que havia 48 pessoas a bordo. Antes da confirmação das novas mortes, a Secretaria de Segurança Pública (Segup) havia dito que 16 pessoas estavam desaparecidas e 23 tinham sido resgatadas com vida. Ainda não há informações se 11 corpos são dos desaparecidos.
Naufrágio de barco no Rio Xingu, no Pará  (Foto: Arte/G1)Naufrágio de barco no Rio Xingu, no Pará  (Foto: Arte/G1)
Naufrágio de barco no Rio Xingu, no Pará (Foto: Arte/G1)

Vítimas

A equipe do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” liberou na noite de quarta-feira (23) os corpos das nove vítimas já identificadas do naufrágio da embarcação Capitão Ribeiro. Entre elas, está um bebê de 1 ano.
A identificação dos mortos está sendo feita no ginásio municipal Chico Cruz. Uma equipe de oito profissionais, entre peritos, médico e auxiliares do Centro de Perícias Científicas de Belém e de Altamira atua no trabalho. Com o apoio da Prefeitura de Porto de Moz, foi montado um atendimento padrão para “desastres em massa”.

Mortos identificados

  • Luciana Pires, de 28 anos
  • Neiva Romano, 18
  • Maria Duarte, 57
  • Aurilene Sampaio, 36
  • Lucivalda Marques Oliveira, 41
  • Roseane dos Santos Leite, 25
  • W.L.O , 56, de Santarém
  • Orismar Miranda, 61
  • S.H.S.S, 1 ano
  • O CPC liberou os corpos com a expedição da declaração de óbito para os familiares. O corpo de um homem, a décima vítima, ainda aguarda, oficialmente, pelo reconhecimento da família.

    Investigações

    A Polícia Civil já ouviu integrantes da tripulação e sobreviventes. O dono da embarcação será ouvido na manhã desta quinta-feira. De acordo com a Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA), a empresa não estava legalizada para fazer o transporte de passageiros.

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